Quem nunca ouviu falar em Nicolau Maquiavel, um eminente filósofo italiano nascido na segunda metade do século XV e morto no início do século XVI, cuja principal obra, O Príncipe, é uma das obras primas da literatura política mundial não se preocupe, pois em rápidas e contundentes pinceladas vamos apresentá-lo tendo como pano de fundo o modo de fazer política na cidade de Pio XII.
Maquiavel em seu Príncipe deixa bem claro que não escreve acerca do dever-ser da política, mas como ela o é. Desta feita, pontua que a moral cristã não se adéqua ao fazer político; pois, enquanto o cristianismo prega valores como o amor, a justiça, a verdade, a honestidade,... a política deve se guiar por leis que lhes são próprias a fim de que o principal interesse seja alcançado, a saber, o manter-se no poder. Para se manter no poder o príncipe, se assim o desejar, pode mentir, matar, enganar, roubar, omitir a verdade,...
Maquiavel revela a verdade nua e crua do modus operandi político de sua época. Mas não só. Ao que nos parece, mutatis mutandi, o fazer político não mudou muito de lá pra cá. Em Pio XII, por exemplo, vemos resquícios do princípio maquiavélico em plena ebulição. A atual administração visando a todo custo manter-se no poder não sente o menor remorso em brincar com a verdade segundo seus próprios interesses. E isto é fato. Há alguns meses o pré-candidato da oposição ao governo atual daquela cidade, Paulo Veloso, foi julgado em primeira instância pela juíza da 87ª zona eleitoral, Dra. Josane Araújo Farias Braga, que suspendeu os direitos políticos do reú; e, como em primeira instância, competia ao réu recorrer da decisão da magistrada, o que este o fez tão prontamente. Ocorre que a atual administração de Pio XII não possui um nome forte que emplaque politicamente; além disso, o grupo dominante, desgastado por oito anos de contendas e conflitos, vive um racha dramático (vez que o próprio atual vice-prefeito assume aos quatro ventos ser pré-candidato em oposição ao grupo que o elegeu). Desta feita, Paulo Veloso destaca-se nas pesquisas eleitorais elaboradas naquele município. Com a decisão da magistrada os correligionários da atual administração não pensaram duas vezes: vamos publicar. Até aí tudo bem, pois respeite-se a liberdade de imprensa. Contudo, um dos princípios do jornalismo, conforme a UNESCO é o “Direito das Pessoas de Retificar Informação”, ou seja, as pessoas e os indivíduos têm o direito de adquirir um quadro objetivo da realidade por meio de informação precisa e compreensiva. Mas não foi isso que aconteceu! Publicaram meia-verdade (se é que este termo existe). A intenção clara era afirmar que Paulo Veloso não seria candidato. Não noticiaram que este recorreu à decisão, cabendo a instâncias superiores decidirem o caso. Mas o mais gritante não está aí, ainda. Tendo seus bloggers publicado esta “meia-verdade” partiam para as comunidades da zona rural e mostravam as páginas publicadas para os menos informados e sofisticamente argumentavam que Paulo não era candidato e ponto final. Manipulavam maquiavelicamente a informação, contradizendo assim aquele princípio régio do jornalismo aqui citado.
Outro caso vem agora à tona. Tendo a Polícia Federal estado em Pio XII recentemente, alguns policiais que já conheciam a cidade da época em que Raimundo Nonato Jansen Veloso (pai de Paulo Veloso) foi prefeito daquele município, resolveram encostar em sua residência para uma visita de cortesia. Os blogueiros de plantão da atual administração souberam do fato e não hesitaram em publicá-lo dando o tom de que lhes aprazia, contradizendo novamente o princípio jornalístico aqui citado e, taciturnamente voltando a proceder maquiavelicamente.
De tudo isto pode-se depreender que, queiram ou não, o maquiavelismo impetrado pela manipulação ostensiva e corriqueira da verdade por parte do governo piodozense é fato. E como tal, tem como objetivo claro a manutenção do poder, mesmo que para tanto os princípios régios da moralidade como o zelo pela verdade dos fatos sejam subtraídos ou negados. Mas, parafraseando Vinícius de Moraes: os mentirosos que não me perdoem, pois a verdade é fundamental.
1 comentários :
Ótimo trabalho amigo,Voçê mostra de forma Coerente e Dinâmica,toda a verdade sobre os fatos da nossa Região.Neste caso,aqui em PIO XII,estamos vivendo um Caos,pois este grupo tenta com todas as forças manipular a informação para tentar confundir a mente do eleitor,já que não estão conseguindo mais com popularidade.Um forte abraço!
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