Estudantes do campus do IFMA em Santa Inês mantém firmes as reivindicações que deram origem a um movimento estudantil há muito tempo não registrado na cidade. Na noite de ontem (16), uma mesa redonda foi realizada no auditório do instituto, em Santa Inês. Participaram dos debates alunos, professores e representantes das polícias Rodoviária Federal, Civil e Militar, além do vereador Deutz Cavalcante (representando a Câmara de Vereadores), do promotor de justiça Frank Teles de Araújo e moradores de comunidades vizinhas.
Chamou a atenção a ausência - cuja justificativa ainda não é de conhecimento deste blogueiro - de representante da prefeitura de Santa Inês.
No geral o clima durante todo o evento foi tranquilo. Os estudantes reivindicam iluminação, segurança e limpeza de vias de acesso ao campus. A essas cobranças soma-se também a urbanização da Vila Adelaide Cabral e de comunidades próximas.
Vinícius Bezerra, professor de sociologia do campus do IFMA em Santa Inês ressaltou que "hoje é o momento para sabermos quando esses problemas serão resolvidos. E nós falamos de prazo".
Não obstante, o que se viu ali não foi o que os estudantes esperavam. Foi um passo importante? Sim. Conseguiram reunir inspetores, delegado regional, comandante da PM, vereador e promotor. Mas, pelos discursos dos alunos que se manifestaram (os mesmos aguardavam respostas concretas, prazos como disse o professor de sociologia), a mesa redonda serviu quase que exclusivamente para se falar sobre os problemas e não sobre possíveis medidas que possam saná-los.
A polícia militar ateve-se ao que há muito tempo é de conhecimento de todos: O efetivo policial é resumido, temos apenas três viaturas - contado com a moto - para atender toda a cidade de Santa Inês etc. Ficou no ar apenas a possibilidade de o secretário de Segurança Pública do Maranhão, Aluísio Mendes, cumprir a promessa que fez ao comando da segunda Companhia da PM em santa Inês de mandar mais 3 viaturas. Nos mais, apenas o alerta para que os estudantes evitem andar sozinhos no trecho entre o Terminal Rodoviário de Santa Inês e o campus, principalmente durante a noite.
A Polícia Civil, representado pelo delegado regional Valter Costa, também 'choveu no molhado'. O delegado falou que sem iluminação pública os bandidos agem com mais facilidade e frequência. E que esse é o problema que deve ser abordado com prioridade. Também lamentou o reduzido efetivo de investigadores e disse que está à disposição dos estudantes.
"Quem for vítima de alguma ação criminosa deve registrar ocorrência. Após o registro, procurar a autoridade policial responsável pela área, no caso em questão, o delegado Marcony Matos. Se a resposta não for o que a vítima espera, procurar o delegado regional na delegacia da rua do Comércio", explicou Valter Costa.
A Polícia Rodoviária Federal disse que vai participar desse esquema de segurança' que está sendo montado. E, que apesar de ter uma delegacia nas proximidades do IFMA, a PRF não tinha conhecimento da dimensão dos problemas enfrentados pelos alunos do instituto
No início deste mês cerca de 300 estudantes saíram por ruas da cidade chamando a atenção da comunidade e das autoridades para os problemas enfrentados por quem estuda no IFMA de Santa Inês. A manifestação terminou com um bate-boca entre manifestantes e vereadores na Câmara do município. Estudantes afirmam que foram taxados de 'infiltrados' por parlamentares. Estes negam as acusações.
Ânimos mais serenos, nesta segunda etapa do movimento, nada de prazos para resolução dos problemas. Nada de projetos apresentados para discussão dos diretamente interessados. Apenas a promessa de que os esforços serão direcionados e as coisas vão melhorar.
Enquanto isso, os estudantes ficam à mercê da bandidagem. Lutando, antes de mais nada, para manter-se vivos e conseguir chegar à formatura. "Por favor! Pelo amor de Deus, tomem alguma providência", esse pedido de um aluno vítima de assalto ecoou pelo auditório e é com essa frase que eu finalizo o meu texto.
fonte notasdodaniel
0 comentários :
Postar um comentário