Neste 21 de setembro, data em que se comemora o "Dia Mundial da Doença de Alzheimer", a Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz) – entidade sem fins lucrativos que atua no Brasil, há 20 anos – fará conscientização sobre a doença, em todo o país, com a campanha "Alzheimer: quanto antes souber, mais tempo você terá para lembrar". Entre as ações preparadas pela associação, estão a realização de caminhadas, palestras e distribuição de folders informativos. Em São Luís, a partir das 15h, haverá uma caminhada na Rua Grande, com concentração na Praça Deodoro, próximo à Biblioteca Benedito Leite. Às 18h, será realizada a segunda edição da "Conferência Maranhense sobre Doença de Alzheimer", no auditório da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Maranhão (Fecomércio), também, no Centro.
A doença – descrita pela primeira vez em 1906, pelo psiquiatra alemão Alois Alzheimer – acomete mais de 1,2 milhões de brasileiros e envolve fatores genéticos e ambientais. De acordo com a neurologista Aline Freire Borges Juliano, os cientistas, ainda, buscam explicações para doença de Alzheimer. "O diagnóstico é feito, basicamente, pelo exame clínico. Não existe, ainda, um exame de imagem que nos forneça o diagnóstico. Nós já temos alguns marcadores bioquímicos, mas, basicamente, o diagnóstico é feito por um exame clínico, de avaliação neuropsicológica e pelo relato da família, sobre mudanças de comportamento e atividades", explicou em entrevista ao Imirante na manhã desta sexta-feira.
A enfermidade, que costuma aparecer em paciente a partir dos 65 anos, altera a capacidade de armazenar novas informações na memória recente. O paciente diagnosticado com a doença de Alzheimer, também, pode apresentar alterações nos padrões de comportamento, de humor. Existem fatores genéticos e hereditários que podem levar ao quadro clínico. O tratamento – feito por uma equipe médica multidisciplinar – busca prolongar a história natural da doença, mas a ciência, ainda, não conhece cura para o Alzheimer.
Prevenção
Os principais sinais do início da doença de Alzheimer são: alterações de memória, perda de noção de tempo e espaço e alterações de comportamento. "Existem formas de tentar retardar o aparecimento. O paciente que tem uma atividade intelectual mais intensa ou maior nível educacional possui uma forma de proteger, mas não de prevenir, porque quem tiver que ter, terá", explica a médica neurologista.
Identificados os sinais, os pacientes devem ser encaminhados para o diagnóstico de geriatras e neurologistas. "A gente precisa entender que essas alterações de memória do paciente com doença de Alzheimer não são normais, não faz parte do processo de envelhecimento normal. A gente espera que a pessoa que envelhece consiga manter atividades que ela sempre desenvolveu", conclui.
0 comentários :
Postar um comentário