Alcântara - Museu Histórico comemora 34 anos



Com um acervo que reúne mobílias, louçaria, objetos de adornos, ourivesaria e arte sacra dos séculos XVIII e XIX, o Museu Histórico de Alcântara comemora 34 anos de fundação, nesta quinta-feira (8), com uma programação que inclui lançamento de livro, exposição e apresentações artísticas. A data é celebrada dia 28 de outubro, mas, por causa das eleições municipais, as comemorações foram transferidas para esta semana.

O museu, que reproduz uma residência do tempo do Império, recebe turistas e moradores do município. Chama a atenção, principalmente, de crianças de Alcântara e seus povoados.

A abertura das comemorações será às 9h, com exposição de fotografias “Alcântara Alma e História”, do fotografo Albani Ramos, e lançamento do livro da exposição.  Haverá a apresentação do Grupo Instrumental Marabrass, da Escola de Música Lilah Lisboa, de São Luís, e performance teatral da Cia Primeiro Ato.

A exposição de Albani Ramos é um ensaio fotográfico de Alcântara, com acompanhamento textual. Apresenta ruas, praças, igrejas e casarões. Com programação visual de alta qualidade, o livro da exposição foi elaborado para ser acessível a públicos diversos.
  
Museu

Criado em 1978, o Museu Histórico de Alcântara está instalado na Praça do Pelourinho, em um sobrado azulejado do século XIX. Mobiliários, louças, objetos de adornos, ourivesaria, artes sacras e louças recriam salas, quartos, cozinha, entre outras dependências de uma residência típica dos senhores do tempo do Império. É aberto à visitação pública, sem necessidade de agendamento prévio, exceto para instituições escolares e grupos especiais, e funciona de terça a domingo, das 9h às 14h.

Destaque para exemplares de imagens de santos elaboradas no Maranhão, nos séculos XVII e XIX, em tamanho médio e natural, e uma coleção de cabeças de imagens de roca esculpidas em madeira. Há vitrines com joias em ouro, prata e pedrarias, vindas de irmandades religiosas como as de São Benedito, Nossa Senhora do Carmo, Nossa Senhora do Livramento, entre outras. É enriquecido, ainda, por pinturas antigas sobre metal e madeira e uma coleção de imagens e objetos da Igreja do Carmo.

Os objetos são procedentes do Museu Histórico e Artístico do Maranhão, da Prefeitura Municipal de Alcântara, da Prelazia de Pinheiro, de irmandades da cidade e doações de famílias alcantarenses.

Órgão da Secretaria de Estado da Cultura (Secma), o museu teve seu acervo organizado no ano de 1977, por técnicos e museólogos da Secma, com o apoio de várias instituições.

Casarão

Com uma arquitetura rica em detalhes, o prédio do museu chama a atenção por causa da fachada revestida de azulejos e os portais emoldurados de pedras de lioz. Possui longos corredores avarandados, pátio interno e um belo poço com bordas trabalhadas em pedra e alvenaria que deverá ser restaurado. Têm longos beirais, janelas em guilhotina, forro em espinha de peixe no segundo pavimento, balcões com base de pedra e gradil em ferro trabalhado, além de outros detalhes que garantem condições de ventilação e conferem beleza ao conjunto arquitetônico.

Alcântara é uma das cidades mais antigas do Brasil. Foi destaque no tempo colonial, principalmente no Ciclo do Algodão do Maranhão (segunda metade do século XVIII e século XIX). Em meados do século XIX, no Tempo do Império, viveu o que os historiados chamam de Ciclo Tardio da Cana-de-açúcar, que não durou muito tempo, deixando como representação de imóveis inacabados na cidade, como a Igreja de São Matias, que fica em frente ao museu.

Fonte: Secom/MA

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