Grupo irá apurar perseguição a jornalistas



A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) programa para janeiro o lançamento da Comissão Memória, Verdade e Justiça, que vai apurar a perseguição à imprensa durante a ditadura militar.
O foco do grupo serão os casos de censura, impedimento ao trabalho de jornalistas, prisões, torturas, mortes e desaparecimentos de profissionais da comunicação no período (1964-1985).
“Pela primeira vez, vamos montar um acervo a partir do olhar dos jornalistas. Eles contarão a sua história desse período”, diz o presidente da Fenaj, Celso Schröder.
Apesar de muitos casos de censura e violência contra jornalistas já serem conhecidos, como a perseguição ao tabloide “O Pasquim” e a morte de Vladimir Herzog, então diretor de jornalismo da TV Cultura, Schröder acredita que histórias ainda desconhecidas serão reveladas.
“Embora os casos mais dramáticos já estejam relatados em sua maioria, achamos que é possível ampliá-los. E vão aparecer mais casos de tortura, censura e violência contra jornalistas desse período”, disse.
Schröder também diz esperar que o trabalho da comissão da Fenaj revele como foi a perseguição à imprensa fora dos grandes centros, como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Para descentralizar as pesquisas, os 31 sindicatos de jornalistas do país – 27 estaduais e quatro municipais – serão acionados para colher documentos e relatos em seus Estados. Os sindicatos de São Paulo e do Rio já trabalham nesse sentido.




Fonte - Agora Santa Inês On-line

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