O prefeito de Arame, Marcelo Farias, acompanhado do seu vice, Taurino, mais uma comissão de vereadores, estiveram reunidos com o secretário-adjunto de Inteligência e Assuntos Estratégicos, da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP), Laércio Costa, na terça-feira (30). Durante a reunião, que aconteceu na sede da SSP, em São Luís, foi discutida a situação de insegurança pela qual está passando aquele município, ocasião na qual a comitiva pediu apoio do secretário no sentido de adotar medidas para diminuir o índice de violência no lugar.
Marcelo Farias e os vereadores relataram para o secretário-adjunto que Arame se tornou uma cidade altamente perigosa, pois se já não bastassem os assaltos que costumam acontecer na estrada que liga Arame a Grajaú e na que liga Arame a Entroncamento, agora também estão acontecendo crimes de homicídios a qualquer hora e em qualquer lugar. Segundo o prefeito, a criminalidade no município está sendo facilitada pela falta de estrutura da delegacia local, que não possui delegado e é comandada por apenas quatro policiais civis, que pouco aparecem para trabalhar. “A população está insatisfeita com o trabalho desses quatro agentes, que não fazem o seu trabalho de investigação a contento”, ressaltou o prefeito.
De acordo com os prefeitos e os vereadores, em Arame existe um destacamento da Polícia Militar, que funciona em situação bastante precária, principalmente pela falta de condições dignas de trabalho para os quatro policiais militares que atuam no lugar. O prefeito afirmou que o município, atualmente, possui 34 mil habitantes e que, esse número distribuído entre o total de PMs, resulta em uma estimativa de 10 mil habitantes para um policial. “Fora isso, está o fato de esses militares não possuírem condições para desempenhar seu trabalho de forma satisfatória, pois a viatura quase não tem mais forças para rodar, devida à sua precariedade; e os rádios de comunicação também pouco funcionam”, contou Farias.
Na audiência, com Laércio Costa, o prefeito pediu um efetivo de, ao menos, mais seis policiais militares, a fim de totalizar dez, juntando com os quatro que já existem no município. Marcelo Farias disse que sua preocupação se torna maior porque Arame é um pouco isolada, cercada de matas, o que tem facilitado a circulação de drogas na cidade, com a predominância do crack, que está chegando até mesmo entre os jovens.
“Esta é uma situação que nos entristece. Mas pedimos que o secretário-adjunto de Segurança se sensibilize com o problema e nos ajude a resolvê-lo. Até mesmo porque as duas cidades mais próximas de Arame, Grajaú e Buriticupu, ficam numa distância de 125 quilômetros e as estradas são desertas e cheias de buraco, o que facilita a ação dos criminosos”, apelou Marcelo Farias.
As informações são do Jornal Pequeno